JORNALISTAS - Um breve histórico da feminização da profissão + pesquisa sobre assédio moral e sexual em Curitiba, Paraná
Monique PortelaA palavra jornalista carrega consigo a marca do feminino — o que vai além de uma questão gramatical. No Brasil, as mulheres compõem cerca de 64% das redações de jornal. Das pioneiras, que usavam a imprensa como instrumento de luta pela educação, às contemporâneas, que exercem uma função primordial para a manutenção da democracia brasileira, as jornalistas enfrentam obstáculos que impedem o pleno exercício de sua profissão. Neste livro, focamos em duas realidades que as cercam: o assédio moral e o assédio sexual. Chefes, colegas e fontes podem ser a origem dessa violência tão cotidiana e que se manifesta, também, no ambiente de trabalho. A partir de umsurveycom 50 jornalistas que atuam em Curitiba, no Paraná, a pesquisa traz um panorama dos tipos de assédio que atravessam suas jornadas de trabalho. Os resultados demonstram que os casos de assédio são muito mais recorrentes do que o número de denúncias nos permite enxergar — e que os veículos de comunicação não estão preparados para lidar com este cenário.